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quarta-feira, 3 de junho de 2009

GREEN STAR ... Wanessa Camargo agora é só Wanessa: ‘Consegui mostrar minha identidade’

Cantora diz que está conquistando novos fãs por conta de seu novo disco, ‘Meu Momento’


Aos 26 anos de idade, Wanessa Camargo – ou somente Wanessa - , diz ter finalmente encontrado seu momento. Amadureceu, pegou as rédeas do que queria fazer da vida e está realizando sonhos que alimentou por anos. Nesta entrevista para o EGO, a cantora fala de seu novo projeto, o álbum “Meu Momento”, que pode ser considerado um marco em sua carreira.


Como você avalia essa nova fase em sua carreira?
É uma fase de amadurecimento. Por isso o nome do álbum é “Meu momento”. Momento de mostrar meu trabalho musical, algo que estou afim de fazer há tempos. Não é uma mudança radical, como aparenta. Já era algo que estava para acontecer. É a concretização do que já estava na minha cabeça. Mas antes eu tinha dificuldades para emplacar um trabalho mais pop. Comecei novinha nas rádios populares, sou filha de cantor sertanejo. Estava com dificuldade de ser aceita.

O Marcus Buaiz, seu marido, teve papel importante nisso tudo. Vocês se conheceram trabalhando?
Não. Começamos a trabalhar juntos só depois do casamento. Primeiro veio a atração homem e mulher. Depois a gente começou a conversar sobre música e percebi como ele entende dessa área de entretenimento. Falei dos meus gostos, do que eu queria fazer. Ele abraçou meu projeto com a alma.

Ele disse em entrevista ao EGO que antes sua carreira era mal gerenciada. Você concorda?
Era mal gerenciada não por culpa de uma pessoa específica. Todo o plano era meio confuso. Tinha a pressão para finalizar o trabalho logo, para as músicas serem as mais tocadas nas rádios. Eu acabava fazendo tudo de uma forma meio robótica, o trabalho virava uma bola de neve. O lado artístico, de criação, ficava de lado. Desta vez consegui fazer um trabalho de arte, tendo a música como combustível para mostrar minha identidade. Porque eu canto para as pessoas, mas a música condiz com quem eu sou.

A mudança também aconteceu no visual. Como se deu isso?
A concepção do visual veio depois da música. Levei o CD para o Luís Fiod, da Mint. Depois que ele ouviu, nós debatemos como poderia ficar o cabelo, as roupas, sempre de acordo com as músicas.

Por que a decisão de cantar em inglês em algumas faixas?
Decidimos cantar em inglês a música “Fly” por causa do Ja Rule, para ele entender a letra. Foi algo sem pretensão, e que acabou dando muito certo. Também canto em inglês em outra música, “Não me leve a mal”. Foi uma sugestão do Deeplick (DJ e produtor). Canto uma parte em inglês e outra em português, como se uma respondesse à outra.

Achou difícil cantar em inglês?
Adoro cantar em inglês, não foi dificuldade alguma. Morei um ano e meio nos Estados Unidos, na Flórida, então tenho facilidade com a língua.

Iwi Onodera/Globo.com
Wanessa posa para o EGO em hotel paulistano

Você se inspirou em alguma diva pop?
Não tive inspirações diretas. Eu pensava em sentimentos para as músicas. Eu dizia para o Deeplick: ‘Nessa música quero um momento sensual’, ou então ‘Nessa eu quero que as pessoas sintam vontade de dançar’. Mas é claro que tudo o que eu ouvi na vida acabou influenciando no trabalho.

Falando no que você gosta de ouvir, o que toca no seu Ipod?
Sou bastante eclética. No meu Ipod tem clássicos, tem Sarah Bareilles, Michael Jackson, de quem sou fã desde pequena, Justin Timberlake, Mika, Rihanna, Shakira, Ray Charles...

E como foi a participação de Rita Lee na regravação de “Coisas da vida”?

Sempre fui fã da Rita. Ela é minha referência de cantora eu me identifico com toda obra dela. A Rita sempre teve um carinho especial comigo. Quando ela autorizou a fazer a versão e aceitou participar da música, fiquei muito emocionada. E ficou lindo, ela começa a música brincando, tocando uns rifes de guitarra, canta uns versos da música e depois eu entro. Ela fez de coração.

Por que escolheu regravar esta música?
Escolhi ’Coisas da vida’ porque me lembra um momento importante por que passei, que foi a época em que morei fora. Deixei família, amigos. Foi um amadurecimento.

Como foi a reação dos seus pais (Zezé di Camargo e Zilu) ao ouvirem seu novo trabalho?
Eles gostaram. Não é o tipo de música que eles ouvem, mas eles estão acompanhando o processo há muito tempo. Meus pais me apóiam porque vêem que estou feliz.

E os fãs?
Os fãs estão adorando. Estou muito feliz de ver a reação deles através do site, do twitter. E o melhor é que este trabalho está trazendo novos fãs. Pessoas que não ouviam minha música e agora estão ouvindo.

Fonte: EGO