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segunda-feira, 8 de junho de 2009

GREEN STAR ... "Estou em um momento de celebração"

A cantora retorna aos holofotes com novo trabalho e conversa com o Buchicho sobre a boa fase


Linda, loira e sensual. A voz ainda é a mesma, mas as músicas de Wanessa Camargo - ou simplesmente Wanessa - agora têm uma cara diferente, mais pop, com elementos eletrônicos e inspirada em divas americanas do quilate de Beyoncé e Rihanna. O resultado, o álbum Meu Momento, sétimo da carreira, é fruto do trabalho da cantora, do marido Marcus Buaiz, diretor artístico, e dos produtores Fernando Deeplick e Denilson Miller. Em entrevista por telefone ao Buchicho, Wanessa comenta essa nova fase da carreira, a parceria com o rapper americano Ja Rule e a participação na versão brasileira do filme High School Musical.

O POVO - Nesse novo trabalho, você deixou de lado o sobrenome do seu pai. Por quê?
Wanessa Camargo - Não, eu continuo sendo a Wanessa Camargo. É meu sobrenome, meu nome artístico. Só tirei o Camargo da capa do CD e deixei na contracapa, como no quinto e no sexto CDs. Continuo sendo Camargo com o maior orgulho do mundo, mas visualmente ficou melhor colocar só Wanessa na capa. Também tinha o intuito de que as pessoas vejam primeiro eu, a Wanessa, com uma identidade, uma personalidade, uma cantora que canta um certo tipo de música, não vejam um nome. Meu nome quer dizer que venho de uma raiz sertaneja, sim, mas eu tenho a minha identidade musical diferente da do meu pai. E todo mundo me chama de Wanessa: "Oi, Wanessa", "Oi, Wan", "Oi, One", porque brincam com a pronúncia do W, sem problema nenhum.

OP - Mas a Wanessa está diferente, loira e mais sensual. Como foi a concepção desse novo visual?
Wanessa - Ah, obrigada! Esse novo visual foi pra completar a minha transformação. Tenho uma ligação muito forte com meu cabelo e as roupas que eu visto com o que estou sentido, o meu humor, a minha sensação. Estou em um momento de celebração total, feliz com o trabalho novo, experimentando coisas novas na minha vida, e o visual tinha que estar acompanhando isso também. Meu cabelo estava muito careta, muito chatinho, e fui atrás de bons profissionais para me ajudar a construir um visual que combinasse comigo e que eu não me arrependesse depois. Encontrei o Luis Fiod, da agência Mint, mostrei minhas músicas, falei dos meus sentimentos, e ele me deixou assim. Dá um trabalho danado para manter, mas eu estou adorando!

OP - Desse disco novo, a música Fly já está nas rádios. Como rolou a parceria com o rapper americano Ja Rule?
Wanessa - Eu e o Marcus Buaiz, que é diretor artístico do disco e meu marido também estávamos procurando uma pessoa bacana para produzir o CD. Ele encontrou o (Fernando) Deeplick e trouxe pra eu conhecer. Ele fez a música Fly/Meu Momento, que parece que eu que escrevi de tão autobiográfica que ela é. Ele achou que seria muito legal se tivesse um rapper americano cantando comigo, e o Marcus, que já tinha trabalhado com o Ja Rule, sugeriu o nome dele. Ele ia vir pra cá cantar no Royal, a casa de show do Marcus, e foi unanimidade. Fizemos o convite, eu cantando em inglês, para ele entender a letra, e ele topou na hora. A gravação foi ótima, ele fez tudo de improvisação, ouvindo a letra, e ele tava numa energia muito bacana com a gente, se entrosou com todo mundo. O clipe também foi gravado na mesma energia. Ele adora o Brasil e adorou a música.

OP - Cantando duas músicas em inglês no CD, você tem pretensões de seguir carreira internacional?
Wanessa - Na verdade não. A escolha pelo idioma foi pela sonoridade melhor, não foi pretensão de trabalho lá fora. Eu tenho vontade, claro, mas meu foco é o Brasil.

OP - Mas já tem planos para o Ja Rule participar de shows seus por aqui?
Wanessa - A ideia é que ela venha pra cá, sim. Vou começar a turnê agora, fazendo interiores, mas a turnê de casa fechada, que é como a gente chama a turnê completa, com troca de roupa, uma produção mais bacana, eu vou começar em outubro ou setembro no Rio. Aí depois devem vir Belo Horizonte, Vitória, Fortaleza, Recife, Porto Alegre...

OP - Como é trabalhar ao lado do seu marido, ele sendo seu empresário?
Wanessa - A gente não tem uma relação de empresário. Pelo que eu vivi e vejo no meio, a relação com empresário é complicada. Meu trabalho com o Marcus começou da seguinte forma: a gente tava junto há um tempo, e eu sempre conversava muito com ele sobre meus anseios, minha vontade de amadurecer minha música, trazer um som mais adulto, mais pop. Ele abraçou esse projeto como se fosse dele, e aí começou essa parceria nossa. É isso que é, uma parceria: a gente tenta acrescentar um com o outro, e ele me ajuda a chegar aonde eu sonho, que é fazer esse CD dessa maneira. Como a gente tem o gosto muito parecido, é muito difícil a gente discordar, mas, quando acontece, é muito argumento profissional.

OP - Quando o novo show vem para Fortaleza?
Wanessa - Olha, é daqui a pouco. Tô fazendo agora o Ceará em julho, não sei dizer as cidades. Começo dia 23 no Rio Grande do Norte, nas cidades de Assu e Monte Alegre. Vou aí fazer um show fechado e depois tem mais uns três shows no interior. Depois, em outubro, na turnê de casa fechada, Fortaleza entra.

OP - Além do disco, você também está gravando a versão brasileira do High School Musical. Como é a sua participação no filme?
Wanessa - Eu sou eu mesma, sou uma cantora, a Wanessa, e a ficção entra quando eu sou uma ex-aluna do colégio que foi pra carreira artística e está voltando pra anunciar um concurso de talentos. Eles se empolgam, e eu fico com saudade do colégio e volto pra visitar os professores, ver como está a escola e encontro esses alunos. Eu dou conselhos, brinco com eles, participo junto com eles de algumas decisões importantes. Estou adorando fazer. A equipe inteira me recebeu com o maior carinho do mundo. O filme tem uma importância grande também com essa geração de crianças e adolescentes, além de a Disney sempre ter muito cuidado com as lições, as mensagens que passa com as produções.

OP - O teatro é uma outra paixão na sua vida, não é? Você pretende apostar na carreira de atriz?
Wanessa - Eu comecei com teatro, mas eu gosto mesmo é de teatro musical. É um sonho meu e tenho certeza que um dia vou conseguir fazer isso, mas é mais pra frente. Eu teria que abdicar de um projeto de carreira, de turnê, de disco, porque eu quero fazer bem feito. Então tem que ser em um momento diferente de vida.

OP - Você é embaixadora do SOS Mata Atlântica. Qual é a importância da questão ambiental para você?
Wanessa - Eu aprendi a ser uma pessoa muito mais correta com o mundo. Está na nossa mão mudar tudo isto, não prejudicar o meio ambiente, economizar água, fazer coleta seletiva de lixo, usar aquecimento solar. Não jogar lixo na rua já é uma mudança muito grande, e todas as pessoas têm que ter essa consciência. O mundo está precisando respirar, então é preciso arregaçar as mangas agora. Não quero ser cobrada pela minha filha porque não fiz nada. As pessoas têm que ser conscientes e mudar o seu próprio hábito, não precisa ser ativista.

OP - Você se considera ativista?
Wanessa - Sou ativista, mas sou uma ativista tranqüila. Não faço confusão, mas faço um trabalho muito legal de educação ambiental aqui em São Paulo com o rio Tietê. A gente faz fiscalização, manda relatórios sobre a despoluição, participa de eventos junto com eles e promove a educação da população.

Fonte: Buchicho